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ROTEIRO TURÍSTICO TREVISO


Olá a todos,

Depois de um ano de ausência, retornamos com os nossos roteiros turísticos pelas principais cidades do Veneto. E dessa vez eu quero falar de uma cidade que dificilmente está nos roteiros de viagem mais comuns pela Itália: Treviso. Cidade de aproximadamente 84.000 habitantes, capital da província homônima.


Como sempre, o nosso ponto de partida será a estação de trem de Padova. De lá, vamos pegar um trem para a estação Treviso Centrale. O preço do bilhete hoje (agosto de 2022 é de 5,35€ para uma viagem de aproximadamente 45 minutos, com uma baldeação na estação de Venezia-Mestre. Atenção nessa baldeação que ela costuma ser muito rápida. Então, ao descer na Estação Venezia-Mestre vá o mais rápido possível para a plataforma do trem para Treviso. É possível que ele já esteja lá esperando para partir.


Descendo na estação Treviso Centrale, uma caminhada de 10 minutos pela Via Roma e Corso del Popole vai nos levar da parte moderna até o coração do centro histórico da cidade: a Piazza dei Signori. Ali, se pode observar a prefeitura de Treviso, com a sua Torre Civica e o Pallazo dei Trecento, construído no século XII, bombardeado durante a II Guerra Mundial e depois reconstruído. Abriga exposições de arte e é aberto à visitação apenas aos fins de semana.


Ali perto, passando por debaixo dos arcos e entrando em um pátio interno, se encontra a Fontana delle Tette. É uma fonte em forma de busto de mulher, construída em 1559 depois de uma forte seca que atingiu a cidade. A partir do final do século XVIII, em ocasiões festivas, a fonte jorrava vinho tinto de um seio e vinho branco do outro e todos os cidadãos podiam beber gratuitamente por três dias. A que está lá agora é uma cópia. A original está guardada em um museu.


Com mais 5 minutos de caminhada pela Via Calmaggiore se chega ao Duomo de Treviso e ao Battistero de San Giovanni Battista. O Duomo (ou Catedral), consagrado a São Pedro Apóstolo, foi construído por volta de 1770, em estilo neoclássico. Ao seu lado se encontra a Igreja de São João Batista. Utilizado como batistério da Catedral. Foi construída entre os séculos XI e XIII e é um importante exemplar de arquitetura românica. Não parece estar aberto à visitação no momento. A não ser que você der sorte e chegue por lá quando esteja acontecendo um batismo.




Voltando atrás pela Via Calmaggiore e passando à Via Inferiore, chegamos à Piazza San Vito. Daqui pra frente vamos passar por uma série de pontes e canais com cenários altamente “instagramáveis” para fotos. O primeiro é o Canale dei Buranelli e a ponte Buranelli, que fica logo atrás da Piazza San Vito. Um pequeno trecho de rio que parece surgir do nada e desaparece por baixo dos prédios. Fotografias mostram que era um tradicional local de lavagem de roupas. Seguindo adiante pela Via Campana, da ponte sobre o Canale Cagnan (também chamada de Ponte de São Francisco) se pode observar um dos oito moinhos ainda funcionantes na cidade. A sua função atual não está clara. Mas parece ajudar a movimentar a água do canal.

Um pouco mais adiante, logo após a ponte, chegamos à Igreja e Convento de São Francisco. Construída no século XIII, em estilo românico. Os primeiros frades, que fundaram a comunidade franciscana em Treviso foram enviados pelo próprio São Francisco, chegando à cidade em 1216. A igreja hospeda os túmulos de Pietro Alighieri, pirmeiro filho de Dante Alighieri, morto em 1364; e de Francesca Petraraca, segunda filho do poeta Francesco Petrarca, morta em 1384.


Com 3 minutos de caminhada pelo aconchegante Viale Santo Antonio di Padova, se chega a um trecho remanescente do antigo muro de Treviso, construído no século XVI. Hoje transformado em uma pequena área verde com um quiosque para beber um café ou um aperitivo. Ali próximo é possível ver uma das três portas remanescentes dos muros de Treviso: a Porta de San Tommaso, construída em 1518.


Descendo pelo Borgo Giuseppe Mazzini, chega-se à antiga igreja e Convento de Santa Caterina, construídos no século XIV. Tanto a igreja quanto o claustro estão abertos à visitação e abrigam desde o final da II Guerra Mundial, quando foi severamente bombardeada, uma das sedes dos Museus Civicos de Treviso.


Mais 15 minutos de caminhada pela Via Santa Caterina e girando à direita na Via S. Leonardo, se chega à Isola dela Pescheria. Uma pequena ilha fluvial no meio do Canale Cagnan que abriga o mercado de peixes da cidade. A ilha é artificial e foi construída em 1856, pela união de três ilhotas já existentes, quando se decidiu tirar o mercado de peixe da principal praça da cidade. E é ligada à terra firme por duas pontes de ferro. A água corrente do canal e o isolamento da ilha ajudaram a resolver os problemas higiênicos decorrentes do funcionamento do mercado de peixe (mal cheiro, etc.) Ali perto, no lado sul existe outro moinho de ferro funcionante.


Saindo da ilha pela ponte norte e virando à esquerda duas vezes se chega, com menos de 5 minutos de caminhada à Casa dei Carraresi. Uma casa construída, provavelmente, no século XII, que parece ter servido de osteria e pousada nas suas origens. Apesar do nome, parece nunca ter pertencido à família Carraresi, senhores de Padova entre 1318 e 1405. O mais provável é que tenha sido utilizado como sede de oficiais e soldados da família nobre, que talvez o tenham requisitado durante um certo período. O que justificaria a presença do brasão daquela família na sua fachada. Hoje funcionam no local lojas e um centro de exposição de mostras de arte. Porém, sem um acervo fixo.


Mais três minutinhos de caminhada em direção ao Sul e chegamos à Praça de São Leonardo, que tira seu nome da Igreja de São Leonardo, que lhe está em frente. Uma pequena igreja do século XIV, onde a maior atração é o seu imenso órgão de tubos do final do século XVIII.


Saindo da igreja para a esquerda, pela rua Martiri della Libertà, chegamos à Loggia dei Cavalieri. Uma loggia é uma galeria coberta com pórticos em foram de arcos, completamente abertos em pelo menos uma das suas fachadas. A loggia de Treviso foi construída na segunda metade do século XIII como local de conferência, conversas e jogos para a nobreza: os cavalieri, do seu nome. É um dos edifícios mais representativos do centro histórico de Treviso, único do seu gênero na Europa e símbolo da sua independência até 1388, quando foi dominada por Veneza. A construção atual é fruto de uma restauração dos anos 1960, já que ela foi bombardeada durante a II Guerra Mundial.


Descendo a rua Martiri della Libertà, já podemos nos dirigir de volta para a estação de trem. Mas antes vale a pena dar uma passada na Riviera Garibaldi, que se debruça sobre o Rio Sile, que circunda o centro histórico. Outro cenário perfeito para fotos e pra curtir um fim de tarde. No ponto onde o Sile e o Cagnan se encontram está a Ponte Dante, com uma escultura em homenagem ao poeta. Essa homenagem existe porque Dante fala do encontro do Sile com o Cagnan no verso 47 do canto IX do Paraíso, na Divina Comédia.







Serviço:

Pallazzo dei Trecento

Horário: sábados e domingos, das 14:30 às 18:00 hs

Biglietti: 5 euros

Duomo di Treviso – Cattedrale di San Pietro Apostolo

Horário: Todos os dias, das 9:00 às 12:00, e das 15:00 às 18:00 hs

Biglietti: gratuita

Museu de Santa Caterina

Horário: De Terça a domingo, das 10:00 às 18:00 hs

Biglietti: 6 euros

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